sábado, 2 de julho de 2011

Cachorros e bebês: Por uma amizade que começa no berço


Lilian, Maggie e Fábio quando Alice ainda estava bem guardada na barriga
EXCLUSIVO | NÃO tenho constrangimento algum ao dizer que Ciccilo, meu Fox Terrier Pêlo Duro, é tratado e amado como um filho. Entretanto, alguns amigos gostam de afirmar que Ciccilo perderá seu “trono” quando um filho humano chegar. Será?
PARA tirar essa dúvida conversei com a gaúcha Lilian Lima, mãe da Yorkshire Maggie e, mais recentemente, da pequena bebê Alice. Para se ter uma ideia do carinho de Lilian por Maggie, a cadelinha participou de todas as fases da gestação, até mesmo da sessão de fotos da gravidez (imagem de abertura). Mas será que tudo mudou com a chegada de Alice há um pouco mais de um mês? “O que eu sinto pela Maggie não mudou nada com o nascimento da Alice. O que muda é o tempo que eu tenho para ela”, explica.
"Maggie já adotou a nova irmã", conta a mamãe da doce Alice, Lilian Lima
LILIAN conta que com um bebê pequeno fica dificil dar a atenção que costumava dar para Maggie. “Mas eu sempre faço um esforço para ela não se sentir de lado.” Não tem como negar, a rotina de Lilian e Maggie mudou com a chegada de Alice. Por exemplo, Lilian deixou de dar banho na Yorkshire em casa e passou a não ganhar colo toda hora. “Agora Maggie usa meu colo não para ganhar carinho, mas sim para ter mais acesso ao carrinho da Alice. Ela gosta tanto da bebê que quer participar de tudo, até da troca de fraldas”, explica Lilian. “Sinto que a Maggie já adotou a nova irmã e que as duas serão grandes parceiras.”
REAÇÕES canina possíveis
MAS será que todas as relações entre bebês e cães são tão tranquilas como entre Maggie e Alice? O especialista em comportamento canino Gustavo Campelo afirma que tudo vai depender do histórico e atual comportamento do cão. Aliás, já é possível até mesmo prever um pouco da futura reação do bicho com a chegada de um irmãozinho. Campelo explica que existem três possíveis situações:
CÃO socializado. Se o cão foi bem educado e socializado desde filhote com outros cães, pessoas e sons diferentes, raramente teremos problemas e os proprietários somente precisaram tomar pequenas medidas preventivas básicas.
SEM educação. Se o cão é sociável, mas não foi bem educado, pula nas pessoas, late demasiadamente ou “morde de brincadeira”, é interessante que a família, além de seguir as recomendações básicas, procure um treinador qualificado para ajudar.
CACHORRO sem noção. A terceira possibilidade é aquele cão que, além de não ter sido educado desde filhote, também não é socializado. Nesse caso, é sempre aconselhável a procura de um especialista em comportamento canino. Este profissional ajudará a traçar uma estratégia de mudança comportamental para que os cães fiquem equilibrados até a chegada do bebê. Essa família tem nove meses para seguir as orientações e “consertar” o animal.
VOCÊ já identificou o perfil do seu cão? No próximo post com Gustavo Campelo o especialista ensinará como incentivar e treinar seu cachorro para a chegada do bebê. Não perca!

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